É o que aponta um relatório do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e da associação independente Umane, que compara os valores de 12 programas do Sistema Único de Saúde (SUS) com os recursos deste ano. Um deles é o Atendimento à População para Prevenção, Controle e Tratamento de HIV/AIDS, que deve perder 407 milhões de reais para o ano que vem.
O corte ameaça iniciativas voltadas, entre outras frentes, à compra de medicamentos antirretrovirais para pessoas que vivem com HIV e estratégias de prevenção da doença, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que protege contra a infecção pelo vírus, e a Pós-Exposição (PEP), que evita a contaminação após ser exposto ao microrganismo, além de campanhas de orientação sobre o uso de preservativos e a importância de testagens. A previsão provocou uma reação de associações de combate à Aids, que alertam para o avanço da doença nos últimos anos e a possibilidade de um aumento não apenas de casos, mas da mortalidade.